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domingo, 25 de setembro de 2011

Capítulo 26 - Love Like This



"Você e a única pessoa que me conhece.

Amo quando você me abraça.

Nunca encontrei um amor como esse.

Permita-me lhe escutar

Agora nunca mais estarei só

Olha o que você tem me mostrado

Nunca encontrei um amor como esse..."



Natasha Bedingfield Feat. Sean Kingston - Love Like This




Entramos todos na sala em silêncio, o juiz já estava se arrumando em sua cadeira, Tom e o advogado também, era tão agonizante vê-lo com aquelas algemas.


-Reiniciaremos então a sessão com a decisão final desse julgamento!


Meus pêlos se eriçaram de tanto medo que estava, ele virou seu rosto para mim, olhou-me nos olhos e disse em voz baixa um lindo “eu te amo”, comecei a chorar do nada, Simone percebeu e me abraçou.


-Calma querida, todo esse tormento acabará! Confie...

-Por decisão do júri popular, o senhor Tom Hernandes é declarado...

-É agora! – sussurrou Bill apertando forte minha mão.

-Inocente! – completou fazendo todos dar um pulo de felicidade de suas cadeiras. –Por falta de provas e por testemunhos falsos! – assim sendo deu sua “martelada” final e levantou-se de sua cadeira nos deixando bobos de tão felizes para trás.


Tom iria vir em minha direção abraçar-me, mas foi puxado pelo advogado para outra sala, Bill afirmou que Tom precisaria assinar uns papeis para ficar livre de vez.


Ficamos esperando ao lado de fora, minhas mãos suavam de tão nervosa que me encontrava, queria vê-lo logo, abraçá-lo, tocá-lo...


-Alê? – aquela voz me confortou tanto.


Levantei-me rapidamente indo até seus braços, pulei me encaixando em sua cintura, nos beijamos entre lágrimas e sorrisos.


-Como você ta magrinho Tom! – resmunguei pegando em sua cintura já no chão.

-Aquela comida era horrível, se continuasse mais algum dia ali, tenho certeza que estaria só osso! – ele fez uma careta linda passando a mão na barriga.

-O importante é que agora iremos para Alemanha, e seremos enfim... Felizes! – Simone soltou minhas mãos das dele e o abraçou.

-Nossa tia perai, ele me pertence... – brinquei olhando pra ele. –Pertence? – indaguei confusa.

-Sim, assim como você me pertencerá! – entrou na brincadeira beijando a ponta de meu nariz.

-Ihh, parem com isso! Vamos comemorar a vitória num restaurante perfeito aqui perto! – Bill entrou em nosso meio nos arrastando para fora.


Chegamos ao tal restaurante aos risos, Georg sempre sabia como nos animar.

Sentamos todos juntos numa mesa, fazemos o pedido e enquanto esperávamos, conversamos sobre os desfiles de Bill que devido toda essa bagunça haviam sido adiados.


-O primeiro será em Berlim, depois iremos pra Munich, Bremen e Hessen... – dizia Bill entusiasmado. –Aí depois de terminado esses destinos, partiremos para os países á fora! – meus olhos brilharam nesse instante.

-Nada melhor que uma viagem pelo mundo pra relaxar os ânimos! – comentei segurando a mão dele.

-Mas antes, não podemos deixar de fazer os exames! – exclamou tia Simone nos emudecendo. –Oras, eu quero saber se Tom pode ser sim meu filho roubado, e outra, agora estou tendo quase certeza, pois Jörg tinha envolvimento com Lyah, a mulher que o iniciou...

-E Diego? O que houve com ele? – perguntei interrompendo Simone, somente pra ela não tocar naquele assunto.

-Ele foi liberado, pois ninguém o acusou de nada! – Tom respondeu mexendo no guardanapo em cima da mesa.


Tia Simone me encarou nervosa pela interrupção, sorri tímida e voltei minha atenção á conversa que rolava na mesa.


Os pedidos chegaram e assim todos começamos a comer, estava tudo tranqüilo até ele começar.


Eu estava vestida com um vestido até os joelhos, rosa com detalhes pretos, Tom pousou a mão em minha coxa acariciando suavemente, me provocando arrepios incríveis, continuei comendo para não dar na cara que estava me excitando com aquela caricia, na verdade Bill percebeu as olhadas que Tom me dava, e chutou nossa canela por debaixo da mesa.


-Ai Bill! – resmunguei passando a mão na minha canela.

-Que houve? – perguntou Simone.

-Nada mãe, apenas chutei sem querer a canela da Alê! – ele fez biquinho de beijo pra mim.


Terminamos nosso almoço conversando sobre nosso tão próximo destino...


Dois meses depois...


-Agora não Tom...

-Agora sim, sim! – ele me empurrou na cama.


Tom subiu em minha cintura descendo até minha barriga, fazia trilhas eróticas pela mesma com a língua e quando tentei dizer algo, ele tampou minha boca com um beijo violento.


Estávamos quase atrasados para o desfile, tenho certeza que Bill dará a luz, mesmo sendo homem, com a nossa demora.


Ele voltou a ficar de pé, abriu o zíper da calça e ao se livrar da mesma voltou a deitar-se por cima de mim.


-Meu irmãozinho pode esperar! – disse levantando minha camisa.


Ele começou a chupar meus seios, um por vez bem devagar, me provocando com o olhar pervertido que ele sabia muito bem como e quando lançar.


-Tom, Bill vai me matar! – sussurrei tentando lhe afastar, mas na verdade o queria mais perto.

-Pára de fingir que não quer Alê! – novamente tampou minha boca com um beijo.



Tom tirou minha roupa rapidamente, abriu minhas pernas e com violência penetrou forte, gritei abafando minha boca com a mão, seu desejo era aparente em sua boca semi-aberta enquanto dizia baixo meu nome entre seus gemidos contidos.

O virei ficando por cima, encaixei meu corpo no seu e com movimentos sensuais comecei minha cavalgada nele, suas mãos apertavam meus seios quase que os arrancando me fazendo aumentar ainda mais a velocidade de meu “sobe e desce”.

Foi Tom quem chegou primeiro ao clímax, o mesmo virou-me ajudando-me a também chegar ao meu ponto máximo daquele prazer infinito que todo dia me proporcionava.



-Te amo pestinha! – sussurrou em meu ouvido me fazendo sorrir, sorrindo junto.

-Acho que vamos morrer juntos hoje, amor! – comentei mordendo sua orelha.

-É, melhor irmos tomar um banho rápido e sumir daqui! – levantou me levando junto.


Assim que tomamos banho, saímos indo para o salão onde haveria o desfile tão esperado por Bill e todos aqueles que desejavam tanto conhecer seu irmão gêmeo separado na infância.



Tom terá sua estréia nesse desfile, que fora adiado devido ás imensas mudanças que Bill dava em suas roupas, e ao teste de DNA solicitado por Simone, coisa que nos deixou mais do que ansiosos.


-Mas que coisa, achei que nunca chegariam, deve ter sido coisa da Alê, essa tarada! – arregalei os olhos enquanto Tom ria de mim.

-Não foi minha culpa nada! – fiz bico. –Foi culpa do Tom...

-A culpa é do amor! – ele revirou os olhos e logo sorriu. –Vamos Tom, precisamos fazer as ultimas provas de roupas... E você mocinha, verifique se sua câmera está tudo ok...

-Minha câmera sempre esta pronta pra tudo... Também te amo, Billzinho! – virei-me e saí andando pelo imenso salão.



Fiquei andando por um bom tempo lembrando-me de tudo o que passei meses atrás.

Ingrid está morando na França, recebeu uma proposta boa de um grande estilista francês, e claro não recusou, dá noticias sempre que pode.

Gustav finalmente esta namorando, ainda não conheço a moça, mas segundo Georg é linda, na verdade eu não ligo para a beleza, sei que homens sim, mas o que mais me interessa é que essa mulher dê o que ele sempre mereceu, carinho.

Já Bill, Lívia está no país estudando moda por aqui, os dois não estão namorando sério, mas sei que Bill se encontra vez ou outra com ela! Ele anda feliz até.

Agora Georg, aff esse não tem jeito, vive ciscando em vários galinheiros, diz que não é sua hora ainda... Sei.


-Alê?

-Oi tia!

-Ansiosa para o dia de hoje? Afinal é hoje que Tom se consagrará como modelo profissional, depois de tanto treino, creio que o mundo o conhecerá! – ela exagera né?

-É sim tia, Tom merece tudo isso que está acontecendo em sua vida, depois de tanto sofrer, ele merece! – Simone sorriu suspirando em seguida.



O inicio do desfile foi anunciado. Simone foi para seu assento e eu corri até o camarim antes de me preparar para as fotos.

Tom e Georg já estavam com as primeiras trocas para o desfile, havia outros rapazes presentes, mas aqueles dois, claro eram meus preferidos.

Saí novamente para não atrapalhar, foi anunciado o primeiro modelo, comecei meus cliques normalmente, mas na hora deles, minha boca praticamente foi ao chão.

Os dois entraram lado a lado, somente com as calças da coleção, o abdômen de Georg com certeza era o mais definido, mas o do Tom, aff que homem perfeito.

Parei de babar e voltei aos cliques, os dois sorriam para as câmeras presentes, os desfiles de Bill não era daqueles que os modelos entravam e saiam sérios, Bill odiava isso.

Ao sair da passarela mais dois modelos surgiram também sem camisas.

Houve um intervalo para a banda presente tocar, assim que finalizado o desfile retornou com as roupas para o frio.


Georg surgiu lindo com uma jaqueta de couro preta e calça jeans num tom de azul escuro. Em seguida um jovem mestiço surgiu com uma blusa de malha preta e por fim Tom surgiu todo de preto, sua blusa de moletom preta com listras brancas dava um realce todo especial no look, que continha mais uma faixa preta sintética na altura da testa e tênis Nike preto com detalhes azuis...



Ao findar do desfile corri para o camarim abraçar meus três homens da moda.



-Tudo perfeito! – gritei pulando nas costas de Georg.

-Tirou bastante fotos, maninha? – Bill perguntou vindo até mim sorrindo.

-Muitas, muitas, meu editorial ficará lindo! – comemorei já no chão. –Ainda mais com um homem desses ilustrando minha pagina na internet. – passei a mão no abdômen nu de Tom.

-Ihh, perdi meu posto de gostosão na vida dela! – resmungou Georg para Bill.

-De forma alguma, você sempre será meu primeirão, meu tudo, meu ar...

-Ciúmes! - sussurrou Tom sorrindo de canto.

-Ah pára, ciúme nada, Georg é como um irmão pra mim...

-Infelizmente! – retrucou baixinho, nos fazendo rir.



Saímos todos para comemorar o sucesso do desfile numa grande rede de fast-food ali perto, aquela seria também nossa despedida, já que Tom e eu passaremos uns longos meses em Tahiti, nos esbaldando naquelas águas clarinhas daquele lindo paraíso...



Um mês depois...


-Acho que se não fosse por você ainda estaria na prostitu...

-Amor, esquece isso! Temos uma vida nova agora, nada de lembranças ruins do passado, ok? – o interrompi enquanto andávamos pelas areias branquinhas daquela linda ilha.

-Vida nova... – ele sorriu apertando ainda mais minha mão. –Obrigada por tudo minha gatona! – ele me subiu até seu colo.

-Não tem que agradecer! – beijei a ponta de seu nariz. –Eu te amo, Tom! – finalizei olhando sério em seus olhos.

-Também te amo, minha linda morena!


Continuamos nossa caminhada pela praia contemplando a linda paisagem daquele lugar...




********



Pedirei desculpas por esse final, como disse em algum capítulo, a Deluxe estava perto do meu bloqueio mental, portanto ficou com esse final chatinho!


Muito obrigada a quem leu, tanto ADM como a DB, sinto falta desse mundo de fanfics, sinto falta de escrever, mas nada é como antes.

Os comentários de algumas de vocês, me fez relembrar daquele tempo que eu não soube aproveitar.

Obrigada mesmo, de coração.

Beijos!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Capítulo 25 - The Thing About Love



"Oh diz-me que eu não sou a única

Que passo por isso tudo

Ooh as vezes eu sinto-me como se fosse a única

A passar por isso tudo..."


(Alicia Keys - The Thing About Love)


Um mês depois...



Estava tudo pronto para o julgamento de Tom, o via sempre nos dias de visita, estava magro e pálido, pois não conseguia ingerir nada daquele lugar.



-O senhor o viu hoje? Como está? – perguntei assim que o advogado adentrou o local onde haveria o tal julgamento.

-Está tranqüilo! Tom não deve nada para ninguém Alessandra, fique calma, pois mesmo se alguém quiser acusá-lo de algo, teremos a justiça a nosso favor. – ele me acalmou entrando numa sala que somente autoridades podiam entrar.

-Nenhuma noticia de Jörg? – perguntei num cochicho para Bill ao meu lado.

-Nada, o Dr. Santiago colocou detetives particulares atrás dele, já que a policia sem provas não irá correr atrás! – ele sussurrou também revirando os olhos.

-Vai começar, por favor, entrem e fiquem em silêncio! – um policial saiu da sala nos dirigindo para outra onde ocorreria todo o processo.



***



Tom estava ao lado de Santiago, esse que tinha calma no olhar.

A primeira testemunha foi chamada, o advogado então se aproximou da senhora começando seu interrogatório.



-Senhora Juanes, no dia 15 de junho a senhora testemunhou que Tom Hernandes havia assassinado Lyah Montenegro, onde exatamente a senhora se encontrava no momento da morte?

-Eu ouvi o barulho do elevador parando no nosso andar, pensei ser meu marido, pois ele sempre chega naquele horário...

-E que horas eram?

-20h00! – o advogado sorriu de canto.

-Continue seu relato, por gentileza!

-Vi aquele homem... – ela apontou para o Tom. –Saindo do mesmo elevador desconfiado, e entrando sem vergonha na cara, no apartamento de Lyah, minutos depois ouvi disparos vindo do mesmo!



Um murmurinho se fez presente naquela sala.



-Silêncio! – ordena num grito o juiz.

-Senhora Juanes, a senhora tem algo contra meu cliente Tom Hernandes?

-Em minha opinião, garotos de programa deveriam ser todos presos, uma pouca vergonha ganhar a vida assim tão facilmente! – resmunga a velha olhando feio para Tom.



Mais uma vez um murmurinho se fez presente.



-Silêncio! Senhora Juanes a senhora não tem o direito de julgar as pessoas e suas opções trabalhísticas! – repreende o juiz. –Continue doutor!

-A senhora afirma ter ouvido disparos, certo?

-Sim, foram três no total!

-Três disparos! – o advogado suspirou. –E como a senhora me explica o fato de ter sido encontrado apenas um projétil e ainda de uma silenciosa no corpo de Lyah na autopsia?

-Silenciosa? – ela engoliu em seco.

-A senhora está mentindo apenas por não gostar do rapaz senhora Juanes? - pergunta o juiz arqueando uma sobrancelha, nervoso.

-De forma alguma... – ela gaguejava.

-Segundo a senhora, o rapaz havia chegado as 20h00 no apartamento de Lyah, porém exatamente as 20h35 segundo as câmeras de vigilância do hotel onde a senhorita Alejandra Dominguez está hospedada, o rapaz deixava o hotel seguindo para o local onde trabalha, e somente as 20h57 havia entrado novamente num táxi rumando para o prédio em questão! – o advogado então entregou os dvd’s com as imagens de vigilância.

-A senhora sabe que poderá sair daqui presa por estar mentindo, não sabe senhora Juanes? – indagou o juiz.

-Ok, eu o vi apenas quando chegou e entrou no apartamento dela...

-Retirem essa mulher daqui! – ordena o juiz nervoso. –Próxima testemunha.



A senhora Altieri entrou com ajuda de um dos policias, sentou-se, olhou Tom com ternura e em seguida fez os juramentos necessários.



-Senhora Miriam Altieri, onde a senhora encontrava no dia 15 de junho?

-Em meu apartamento!

-Ouviu algo de estranho? Discussões, batidas de portas...?

-Eu ouvi o elevador parando em nosso andar, pensei ser Lyah, corri até a porta para verificar se Tom não estava junto dela, pois ele sempre ia dia de terças para o apartamento dela, a lâmpada de meu quarto havia queimado e o zelador do prédio não podia me ajudar, pois estava sozinho na recepção, mas não era Lyah e sim o até então companheiro dela...

-Lyah tinha um companheiro?

-Sim, sim! Ele até tinha permissão para subir a hora que quisesse!

-A senhora sabe o nome ou saberia reconhecê-lo?

-Não sei o nome, mas saberia sim reconhecê-lo!

-Se o meritíssimo permitir! – o advogado pediu permissão para o juiz que assentiu com a cabeça.



O advogado então pegou um dos dvd’s em cima do balcão e o colocou no aparelho, segundos depois as cenas de pessoas entrando e saindo do prédio onde Lyah residia se mostrava na tela de tv plasma na sala do julgamento.



-Aquele! É aquele o homem! – a senhora logo se animou ao ver as imagens de Jörg.

-Oh Deus é o Jörg! – exclamou Simone em agonia.

-A senhora o conhece? – perguntou o juiz.

-Sim, é meu ex-marido, saiu fugido da Alemanha, pois o acusei de seqüestrar nosso próprio filho!

-E já encontrou seu filho senhora? – o juiz nem reparou que havia fugido do assunto em questão.

-Agora mais do que nunca estou certa de que Tom poderá ser meu filho sequestrado!



O juiz olhou para Tom, não disse mais nada apenas deu sinal para que o advogado prosseguisse com seu interrogatório.



-Vejamos o que houve na vida deste rapaz... – começou o advogado apontando para Tom, seguindo para o banco dos jurados. –Fora acusado injustamente de algo que não cometeu, passou um mês preso pagando pelos atos de outro criminoso, esse que já é foragido da policia de outro país e está por aí, com certeza cometendo outros crimes mais! Isso é certo senhoras e senhores? – ele se curvou diante dos jurados. –Enquanto um inocente, que luta para sair da vida que se encontra, pois a senhorita Dominguez aqui presente pretende iniciá-lo como modelo para tirá-lo da vida que para muitos é uma vida errada, o verdadeiro culpado está por aí, cometendo outros crimes quem sabe ainda piores! – ele deu uma pausa, pensativo. –Isso é tudo meritíssimo! – sentou-se vitorioso ao lado de Tom.

-Daremos uma pausa de 30 minutos para sabermos dos resultados! – o juiz bateu o martelo e se retirou da sala.



***



Tom foi levado para uma sala, não podia falar com ninguém, sentei-me ao lado de fora sentindo meu peito apertar de tristeza, Simone sentou-se ao meu lado me abraçando logo após.



-Vai dar tudo certo, e você verá que sairemos daqui com Tom ao nosso lado! – diz tentando me confortar dando-me um beijinho na testa.

-Espero tia, não agüento mais essa falta que ele me faz! – comentei deitando-me em seu ombro.

-Hei mocinha, toma, você precisa se alimentar! – Georg chegou com uma porção de batata frita do Mc e um suco de uva.

-Não quero Ge, não tenho fome!

-Mas você precisa comer Alessandra, pare com isso e come logo!



Dei-me por vencida, eu sou louca por batatas fritas e vê-las daquela forma estava me tentando, até por que estava sem comer direito já há alguns dias.

Comi em silêncio, aliás, todos estavam em silêncio.

O tempo passou e nem percebi quando o policial veio nos avisar que a sessão voltaria com o resultado, senti meu coração apertar, estava com medo confesso, queria que todo aquele tormento acabasse de uma vez, e seria naquele exato minuto que acabaria...






Penúltimo capítulo, nem sei se tem alguém lendo ainda, mas cumprirei minha promessa de postar até o final!

Obrigada quem está lendo!
=*

sábado, 3 de setembro de 2011

Capítulo 24 - Don't Stop Dancing





"Às vezes a vida é má e eu não consigo ver a luz

Um forro de prata as vezes não é suficiente

Para fazer alguns erros parecerem certos

O que quer que a vida traga

Eu já passei por tudo e agora, caio de joelhos de novo..."



Creed - Don't Stop Dancing



Passei a noite em claro, chorando em silêncio.

Parecia que aquilo não passava de um terrível pesadelo, não queria fechar meus olhos, não queria me agasalhar sabendo que ele estava sentindo aquele frio da noite. Realmente não parece... Isso é um pesadelo.

O dia amanheceu negro de chuva, meus olhos já estavam secos quando dei por mim que já havia amanhecido, estava num momento mórbido, triste, angustiado. Queria poder passar por tudo isso perto dele, estar de mãos dadas ao meu anjo, ao meu amor.

Parece loucura como tão depressa eu pude me apaixonar, mas creio que qualquer mulher em minha situação alimentaria por ele o sentimento que hoje sinto.

Levantei-me da poltrona onde passei a noite, meus ossos parecia que foram dobrados como cadeiras de praia, gemi de dor quando me estiquei.

Fui até minha mala, procurei algo confortável e entrei no banho.

Não estava com paciência de tomar banho numa banheira, minhas lágrimas desciam ao lembrar-me dos filmes que assistia, em que prisões os carcerários não tinham mordomias, tomavam banho gelado, dormiam no chão e até mesmo comiam mal.

Terminei o banho rápido, sequei-me e coloquei a roupa que escolhi, estava sem fome quando ouvi as batidas na porta.


-Bom dia! – Georg entrou na companhia de Gustav em meu quarto.

-Não amanheceu muito bom, mas vou agüentar... – parei para suspirar. –Preciso agüentar! – finalizei deixando que as lágrimas molhassem a roupa limpa.

-Alê não fique assim, Tom não é culpado e você sabe disso! – Gustav veio me abraçar.

-Aquelas velhas o acusaram Gust!

-Não importa acusações sem provas é a mesma coisa que nada! O advogado do Bill é ótimo, já está arrumando tudo pra que Tom saia o mais rápido possível daquele lugar! – ele tentou me confortar.

-Quanto tempo isso vai durar?

-Bill saiu cedo com a tia, ele me garantiu que o doutor já conseguiu algo que possa livrar a cara do Tom! – Georg se pronunciou sentado á beirada de minha cama.

-Jura? E você sabe o que?

-Eu ainda não sei, mas tenho certeza que Bill logo dará noticias! – avisa me olhando com dó.

-Mas uma coisa é certa, Tom não ficará preso sendo inocente e tendo um advogado tão bom quanto o Dr. Santiago.

-Que Deus te ouça Gust! – deitei-me sobre seu colo ficando todos em silêncio...


***


Bill esperava alguém na recepção daquele prédio, haviam fornecido ao advogado o nome de uma das possíveis testemunhas a favor de Tom, alguém com a alma bondosa teve a coragem de chegar à delegacia para depor a favor daquele que fora acusado injustamente.


-Bom dia! – deseja a senhora de aproximadamente 60 anos.

-Bom dia senhora! Está bem?

-Na medida do possível... – ela sentou-se ao lado de Bill. –Aquele rapaz não merecia ser acusado daquela forma, Tom sempre veio obrigado por Lyah para cá! Ele é um anjo em pessoa, sempre me ajudava quando precisava trocar algo em minha casa, moro sozinha e ele sempre aparecia nos momentos que mais precisei, sei que nunca faria algo do tipo, até por que... – ela parou para suspirar. –Eu vi o homem que entrou antes de Lyah chegar! – finaliza passando a mão no rosto.

-E a senhora poderia descrevê-lo? – pergunta Dr. Santiago.

-Sim, já o vi diversas vezes por aqui, não sei o nome, mas sempre ouvia discussões de Lyah com ele!

-A senhora aceitaria ser testemunha do...

-Com toda certeza, não gosto de injustiça, aliás, acho que ninguém gosta então sim, eu aceito ser testemunha do garoto! - ela mostrava no olhar compaixão ao falar de Tom.

-Obrigada, a senhora não tem noção como é ver um filho atrás das grades! – exclama Simone aos prantos.

-Mãe, mas nem sabemos se ele realmente é...

-É sim, eu sinto isso Bill, ele é meu filho! – interrompe alterando a voz. –Mais uma vez lhe agradeço!

-Não precisa agradecer querida, ajudarei no que for possível!


Despediram-se da senhora, o advogado lhe prometeu deixar um segurança particular para lhe proteger caso o assassino estiver ainda ao redor e saíram em direção ao hotel...



***


Gustav e Georg me deixaram sozinha para pensar, eu definitivamente não estava com cabeça para conversas, não queria aquilo para ele, mesmo que não o amasse aquilo não era justo para um inocente.

Repousei minha cabeça no travesseiro deixando que as lágrimas o molhassem, não precisava de força para que elas caíssem só o aperto que me agoniava o coração as faziam sair sem permissão.

Estava quase pegando no sono quando meu celular tocou, levantei-me apressada imaginando ser Bill com noticias e não estava errada.

-Alô Bill, e aí o que houve?

-Conseguimos uma testemunha a favor, Alê!

-Que ótimo!

-Sim! E mais, o advogado foi até o IML, constataram que Lyah morreu por volta das 20hrs, Tom estava conosco nesse horário, ele tem um álibi á seu favor! – a voz de Bill parecia animada.

-Oh Deus, sim ele saiu daqui era 20h30min! – exclamei feliz quase que dando um pulo da poltrona que sentei para conversar com Bill.

-Ta vendo, nem tudo está perdido linda, vamos tê-lo ao nosso lado o mais rápido possível!

-Assim espero, e o advogado foi vê-lo hoje? – perguntei querendo noticias.

-Sim, só ele pôde entrar, disse que está cabisbaixo, perguntou por diversas vezes como você estava, está triste Alê, mas isso vai passar, temos que confiar! - as lágrimas voltaram a molhar minha roupa. -Alê não chore, sei que é um momento difícil, mas ele não é o culpado, entenda isso, odeio te ver assim! – Bill estava agora, angustiado por me ouvir chorar.

-Eu vou ficar bem, Bill! – sussurrei entre soluços.

-Bom, vou desligar, te amo e nunca se esqueça disso!

-Não, nunca esquecerei! – finalizei desligando o celular.


Desliguei o celular sentindo a fome bater, não havia comido desde que soube da prisão dele, peguei o telefone e liguei para a recepção, assim que fiz o pedido sentei-me de frente á varanda do quarto observando o findar daquele dia frio e chuvoso, ouvi batidas na porta, fui atender convicta de que seria meu pedido, mas não era.


-Você sumiu! – comentei revirando os olhos dando passagem para ela.

-Eu fiquei trancada no meu quarto por esses dias! – Ingrid parecia abatida.

-E o que a fez sair para vir justamente até meu quarto? – perguntei indiferente.

-Pedir perdão, maninha você sempre foi a melhor irmã do mundo, e eu simplesmente ignorei isso! – lágrimas se formaram em seus olhos.

-Ingrid, por favor sem drama!

-Não é drama! – Ingrid alterou a voz. –Eu também fui culpada disso tudo, deveria ter rejeitado assim que aquele traste me cantou pela primeira vez!

-Agora ele é traste? – perguntei me fingindo de surpresa. –Ora Ingrid, por que não continua com ele? Bill não voltará pra você querida, não mesmo!

-Pare de ser fria comigo Alê! – suplicou num grito choroso.

-Acho que frieza é bem melhor do que traição não é mesmo maninha? – comecei a olhando sério. –Olha Ingrid, Gustav se matou de trabalhar na nossa adolescência só pra termos o que comer, sempre nos ensinou tudo de melhor que essa vida poderia oferecer, e olha só pra você? Apegada na merda do dinheiro, você é ambiciosa, egoísta, egocêntrica, uma pessoa que pra mim se tornou desprezível...

-Não fale assim Alê, eu te amo tanto!

-AMA? – me alterei nervosa. –Não parece Ingrid, você tanto não me ama quanto não amava seu próprio namorado, que mesmo com toda birra que você fazia, te amava como um louco, e o que você deu em troca daquele lindo amor de Bill? TRAIÇÃO porra! – senti meu rosto queimar de raiva.

-Eu sei, por isso estou aqui, quero lhe pedir perdão Alê, por favor não rejeite minha irmã, você pode me expulsar de sua vida, mas não rejeite meu sincero pedido de perdão! – ela se ajoelhou chorando demais em minha frente.


Senti meu mundo cair vendo aquela cena, por mais que tenha recebido dela aquela traição e mesmo não sendo tão apegada á ela como sou á Gustav, ela era minha irmã, sangue do meu sangue e não estava satisfeita em vê-la naquela situação.

-Levante-se, não seja ridícula! – tentei me manter firme naquela pose de durona. –Você não merecia meu perdão, mas se tem algo que aprendi com Gustav e sei que levarei para o resto da vida e não odiar e saber perdoar! – parei para respirar fundo segurando as lágrimas. –Eu te perdôo Ingrid! – finalizei a sentindo em meus braços.

Eu já estava sensível, sentindo o cheiro dela fiquei ainda mais, ficamos ali chorando juntas, num elo de amor fraternal que mesmo depois de uma traição vinda dela, nunca se quebrará...




Não estava lembrada que a Deluxe só tem 26 capítulos, portanto faltam dois capítulos para o fim! =/


Aliás, a Deluxe foi a última fanfic que escrevi antes de ter o bloqueio mental e paralá, então, preparem-se para um final chato! (n)

Beijos.

domingo, 21 de agosto de 2011

Capítulo 23 - It's Not My Time




"Eu olho em frente para todos os planos que nós fizemos

E os sonhos que tínhamos

Eu estou em um mundo que tenta nos levar para longe..."



3 Doors Down - It's Not My Time


Jörg chegou por trás tampando-lhe a boca, Lyah tentava gritar, mas sem chance.


-Se gritar estouro seu ouvido! – avisa apontando sua arma para o mesmo.

-O que quer de mim? – pergunta assim que sua boca foi destampada.

-Quero que deixe essa idéia idiota de suborno de lado!

-E se eu não quiser? – confronta sem ter medo do resultado.

-Não terei outra escolha, desculpe minha querida Lyah, foi você quem quis assim...


Jörg engatilhou sua silenciosa e sem pensar duas vezes executou seu plano...


***


Tom chegou de táxi ao beco, reparou que o carro de Lyah já não estava mais lá, decidiu então ir direto para seu apê.

Chegando ao mesmo achou estranho a porta estar totalmente escancarada, entrou rapidamente a procurando por todos os lados, ao entrar em seu quarto a viu deitada de costas para a porta, pensou estar dormindo, estava escuro e nada se via a não ser uma parte nua das costas de Lyah.

Iria fechar a porta e sair, mas algo lhe fez acender a luz.

A parte da frente de Lyah que estava de lado estava encharcada de sangue, o tiro bem dado na cabeça havia feito todo o sangue possível jorrar no branco lençol que na cama estava forrado, Tom sentiu seu corpo estremecer, ficou parado olhando para o corpo gélido da mulher que lhe iniciou na prostituição...


-Deus do céu, o que eu faço? – pergunta a si mesmo sem ver a cena da mulher atrás de si.


-Você... – gritou. –Você matou Lyah, desgraçado, você a matou... Policia!


A mulher gritava aos quatros cantos acusando Tom da morte de Lyah, o rapaz a reconheceu como vizinha de andar da velha que acabara de morrer.

Entrou em desespero, estava sendo acusado de matar uma mulher, ele nunca faria isso... Seu mundo estava desabando naquele instante, o instante que o segurança do prédio entrou no apê o pegando pelos braços empurrando-o com toda força contra a parede como se o mesmo fosse realmente um criminoso...


***


Estávamos os três jantando no restaurante ao lado do prédio.


-Eu não acredito que Ingrid foi capaz de fazer uma coisa dessas! – retruca Simone assim que Bill lhe contou o motivo pelo qual não estava com Ingrid naquele exato momento.

-Pois é mãe, mas nem estou sentido com isso tudo, é pagina virada para mim!

-Eu quem o diga! – brinquei lembrando-me de Lívia.

-E você querida? Como está depois disso tudo? – pergunta se referindo a Dan.

-Não o amava mais tia, Dan para mim era um homem comum, não tinha mais nenhum sentimento bom por ele, parece que senti que algo de ruim me aconteceria em relação á ele!

-Aí Tom entrou em sua vida! – diz sorrindo de orelha a orelha.

-Ele não é lindo, tia? Agradeço tanto á Deus por tê-lo colocado em meu caminho... – fui interrompida pelo barulho de meu celular. –Licença... Alô?

-Alê, é o Tom! – a voz dele estava apreensiva.

-Oi Tom, que voz é essa?

-Eu... Eu to preso! Lyah foi encontrada morta em seu apê e...

-O que? Onde você está? Diz que vou correndo! – o interrompi já agoniada.

-Eu vou ficar bem, vão averiguar o que houve no apê, mas enquanto não encontrar o verdadeiro culpado tanto eu como Diego que estava no apê seremos os únicos culpados!

-Não Tom, não pode ser, mas o que diabos estava fazendo lá?

-O que houve Alê? Por que está chorando querida?

-Tom está preso! Diz Tom, o que estava fazendo lá?

-Alê meu tempo de ligação está acabando, anota o endereço da DP caso queira vir até aqui!


Anotei o endereço, Bill entendeu o recado e logo pediu a conta, com certeza iria comigo até o local, Simone já chorava sem ao menos saber o motivo.

Eu sinto que ele é inocente, tenho total certeza.


-Tia, preciso te contar algo! – comecei olhando para Bill.

-Conte!

-O Tom, bom ele não tem uma vida muito normal, digo... – eu não sabia como poderia dizer aquilo. –Ele foi iniciado por uma mulher na vida sexual, e bem, essa mulher o iniciou também na prostituição! – Simone de branca passou a estar transparente.

-Meu Deus, água, preciso de água! – pede ameaçando desmaiar novamente, Simone era muito mole, até demais.

-Mas o que houve pra ter ido preso? – pergunta Bill dando a água para sua mãe.

-Lyah foi encontrada morta em seu apê e Tom estava lá!

-Quem é essa? – Simone já chorava descontroladamente.

-É a mulher que o levou para essa vida! – respondi também caindo no choro. –Eu tenho que vê-lo! – levantei-me entrando em desespero de repente.

-Vamos, eu também quero vê-lo! – concorda Simone também se levantando.


Pegamos um táxi mesmo, estava com pressa e não estava a fim de esperar Bill pegar o carro no estacionamento do hotel.

Fomos em silêncio até o local, meu coração pedia urgentemente para vê-lo, o sentia pequeno dentro de mim, aquilo poderia atrasar toda nossa viagem, mas na verdade não era esse meu pensamento, eu queria mesmo era vê-lo longe dessa roubada toda.


-Tom Kaulitz, precisamos falar com ele! – adianta-se o chamando pelo sobrenome do Bill.

-Kaulitz? Não há ninguém com esse sobrenome aqui!

-Ela está nervosa, o nome é Tom Hernandez, ele deu entrada hoje à noite aqui!

-Ah sim, o cara chorão! – zomba o policial atrás de balcão, Bill ligava para seu advogado para acompanhar Tom no caso. –Poderão vê-lo na cela provisória onde está, já que ainda não foi acusado de nada! – avisa nos levando por um corredor úmido e escuro.


Tom estava sentado no chão com a cabeça apoiada no joelho, o policial abriu a cela e nos deixou entrar.


-Anjo eu juro que não fiz nada, quando cheguei já estava aberto e ela na cama toda cheia de sangue! – diz rapidamente a me ver se jogando em meus braços.

-Eu acredito em você Tom e vamos te tirar daqui!

-Sim, vamos sim! – concorda Simone não agüentando ver Tom com os olhos vermelhos.

-Você tem noção de quem poderia ter sido? – pergunta Bill segurando o choro.

-Ouvi Lyah discutindo com alguém no quarto dela, pela voz era o tal do...

-Jörg! – Tom completou interrompendo Diego lembrando-se do nome.

-Jörg? Deus meu! – Simone parecia surpresa, mas aquilo não nos importava no momento.

-Jörg do que? Vocês sabem? – perguntei curiosa.

-Não, só o vi uma única vez discutindo com Lyah, na verdade apenas ouvi! – responde Tom já mais calmo.

-Boa noite! – deseja o advogado de Bill.

-Ah doutor que bom vê-lo! – Bill foi em direção do senhor para cumprimentá-lo.

-Não tenho boas noticias! – começa nos fazendo olhá-lo espantados. –Duas senhoras afirmam que você rapaz... – ele olhou para Diego.

-Eu? – Diego se assustou.

-Você é Tom? – Diego negou com a cabeça e apontou em silêncio para Tom. –Ok! Duas vizinhas de Lyah lhe acusou de discussões constantes com ela, e uma dessas afirmou vê-lo entrando em seu apê ás escondidas...

-Isso é um absurdo! Eu nunca discuti com Lyah e nem muito menos entrei em seu apartamento, ela nunca me deu intimidade para ter a chave, ou seja lá o que for! – Tom se desesperou. –E essas mulheres, elas definitivamente não sabem o que dizem! – sua voz estava ficando cada vez mais alterada.

-Calma Tom, você não pode se desesperar nesse momento amor, vai dar tudo certo! Doutor em quantos dias sairá os primeiros resultados das provas?

-A policia dessa cidade é lenta para tudo, creio que em cinco dias teremos tudo resolvido se realmente ele não for o acusado!

-Cinco dias? – Bill e eu perguntamos juntos.

-Sim, ou até mais!

-Oh Deus! – exclama Bill sentando-se na “cama” da cela.

-O que houve filho?

-O desfile de lançamento é daqui a quatro dias! – começa angustiado. –Precisaria tanto de Alê como de Tom que será o meu mais novo modelo! – finaliza olhando para a carinha entristecida de Tom.

-Tudo acabou, vão sem mim, tenho certeza que a perfeita senhorita Dominguez encontrará outro cara, e alguém melhor que eu, bem melhor! – a voz dele me dava apertos no coração, o abracei num impulso e desabei a chorar.

-Eu não vou sem você Tom, não vou! Nunca amei dessa forma e não será agora que perderei fácil um amor desses! – exclamei me agarrando mais á ele.

-Não fica assim anjo, você precisa ir mesmo sem mim, mas precisa!

-Não precisa não, até por que não irei sem você Tom! – Bill se pronunciou com a expressão mais chorosa que já vi nele.

-Ninguém sairá enquanto não resolvermos tudo o que tem que ser resolvido! – Simone se manifestou convicta. –Bill cancele o desfile ou adie, mas não deixaremos esse garoto sozinho nessa! – continua secando a lágrima que caía.

-E seu amigo, tem chances de ser o culpado? – perguntei baixinho com meu rosto grudado no seu.

-Tenho certeza que não, ele ainda estava no quarto de hospedes quando a louca começou a gritar, ficou tão pasmo com a cena quanto eu, ele não tem culpa Alê! – responde também baixinho.

-Vamos dar um jeito pra ajudá-lo também!

-Acho que por hoje já chega não é mesmo? – o policial apareceu batendo com seu cassetete na grade.

-Voltarei amanhã para saber se há algum resultado, e darei um jeito de colocar a policia atrás desse Jörg! – finaliza o doutor saindo da cela.

-Como vai passar a noite? Tem algo pra se cobrir?

-Não se preocupe comigo, já morei na rua e não me importo com isso!

-Vamos, vamos! Acabou o tempo senhorita! – o policial parecia furioso.

-Eu te amo e nunca se esqueça disso! – beijei seus lábios com ternura e logo após saí juntamente com Simone e Bill...




Gente, esse lance de ser preso, advogado e tal, não entendo nada, até por que nunca fui presa! Ufa... HAUHAUAHUA

Espero que vocês curtam os próximos capítulos! D:

Beijos.